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Paralisia Supranuclear Progressiva

A Paralisia Supranuclear Progressiva (PSP) é o tipo mais comum de parkinsonismo atípico. Apesar disso, a sua frequência é apenas um décimo da frequência da Doença de Parkinson. A PSP afeta igualmente homens e mulheres e surge, em média, no início da sétima década de vida. 

Sinais e Sintomas

• Dificuldade de marcha, equilíbrio e várias quedas para trás. 
• Tendência a cambalear e mover-se rápida e impulsivamente. Sentir os pés colados ao chão; 
• Dificuldade em mexer os olhos, especialmente para baixo. Isto dificulta a leitura e pode causar visão dupla. Os doentes podem também piscar ou encerrar os olhos de forma involuntária ou ter dificuldade em abrir os olhos; 
• Rigidez, especialmente do pescoço; 
• Alteração da expressão facial: olhar fixo, elevação das sobrancelhas e testa franzida; 
• Voz rouca, má articulação e dificuldades na deglutição; 
• Problemas cognitivos: apatia, inibição, incontinência emocional (paralisia pseudobulbar) e demência. 

Causas

A causa da PSP é desconhecida. A PSP está associada à acumulação de uma proteína chamada tau em vários tipos de células no cérebro. A causa desta acumulação é desconhecida. A PSP não é geralmente considerada hereditária, não é transmissível  e não está associada a factores ambientais. 

Diagnóstico

A PSP é diagnosticada com base na história clínica e no exame neurológico. No início da doença, a PSP pode assemelhar-se à Doença de Parkinson, dificultando o diagnóstico. A ressonância magnética pode ajudar no diagnóstico, sendo possível observar atrofia de certas partes do cérebro, nomeadamente o mesencéfalo e lobo frontal. 

Tratamento

Não existem tratamentos para curar, atrasar ou parar a progressão da doença.

• No início da doença, alguns medicamentos para o tratamento da Doença de Parkinson (por ex. levodopa) podem ajudar a melhorar os sintomas da PSP. 
• Medicamentos usados para tratar a demência e a Doença de Alzheimer, podem ajudar os doentes com PSP com problemas de memória e pensamento.
• Injeções de toxina botulínica podem ajudar a tratar o encerramento involuntário das pálpebras.
• Outros medicamentos podem ajudar no tratamento da depressão, ansiedade e alterações emocionais (choro ou riso incontrolável). 
• Fisioterapia, terapia ocupacional e terapia da fala para manter função.