A Atrofia Multi-Sistémica (AMS) é um tipo de parkinsonismo atípico que afeta o funcionamento de vários sistemas no cérebro. Alguns destes estão envolvidos no controlo do movimento, equilíbrio e coordenação, enquanto outros asseguram o controlo da pressão arterial, da bexiga, do intestino e da função sexual. A AMS afeta igualmente homens e mulheres e surge entre os 50-60 anos. A AMS é considerada rara e afeta cerca de 3 a 4 pessoas em cada 100.000.
Sinais e Sintomas
Causas
A causa da AMS é ainda desconhecida. A AMS está associada à acumulação de uma proteína no cérebro chamada alfa-sinucleína que se aglomera em diferentes tipos de células e pode ser observada na autópsia. A causa desta aglomeração é desconhecida. A AMS tem sido descrita em algumas famílias, mas atualmente não é considerada uma doença hereditária. A AMS não é contagiosa nem transmissível.
O diagnóstico pode não ser claro no início da doença. A AMS é geralmente diagnosticada com base nos sintomas e nos achados do exame físico. Os exames podem incluir uma ressonância magnética crânio-encefálica, testes à bexiga e testes a alterações da pressão arterial, incluindo o teste de inclinação (teste de tilt). Não existe um teste único que confirme o diagnóstico.
TratamentoAtualmente não existem tratamentos para curar, atrasar a progressão ou reverter a AMS. No entanto, alguns medicamentos e terapias podem melhorar os sintomas.
• Sintomas semelhantes à Doença de Parkinson como lentidão, rigidez e tremor podem melhorar com medicação habitualmente usada na Doença de Parkinson;
• A hipotensão ortostática pode melhorar evitando factores precipitantes como o álcool, a desidratação ou o calor. Os doentes podem precisar de ajustar ou até parar medicação para outras doenças, particularmente a que possa baixar a pressão arterial. Os médicos podem aconselhar o aumento da ingestão de água e sal, o uso de cintas abdominais ou meias de compressão. Existe ainda medicação específica que ajuda a aumentar a pressão arterial;
• Para problemas urinários e intestinais, as opções incluem medicação, treino da bexiga e algaliação;
• O excesso de saliva pode ser tratado com medicação e injecções com toxina botulínica nas glândulas salivares;
• A saúde geral também pode beneficiar de fisioterapia, terapia ocupacional, terapia da fala e da deglutição.